Foi Deputado Provincial no biênio de 1862-63.
Em todo período imperial apenas um Engenheiro tomou parte da nossa Assembléia
Legislativa. Esse engenheiro foi Ernesto Augusto Amorim do Vale, engenheiro civil,
diretor das Obras Públicas da Província de 1860 a 1869.
Trabalhou muito em nossa cidade. É o autor
da planta do Palácio do Governo e da torre da Catedral. Dezenas de serviços
foram realizados por ele. Os presidentes da Província elogiavam sempre Amorim
do Vale.
Nascera na cidade do Salvador a 17 de
abril de 1831, filho de magistrado, o dr. Severo Amorim do Vale e da Coimbra
dona Maria Jesuína. O pai, corno vice-presidente administrou Santa Catarina em
1848-49 e 1849-50. O filho entrou para a Academia Militar da Corte a 5 de março
de 1848, fazendo o curso secundário.
Formou-se em Engenharia Civil, obtendo o
bacharelato em Ciências Lógicas e Matemáticas a 24 de dezembro de 1856. Em
novembro de 1857 foi nomeado Engenheiro da Província do Ceará, servindo de
Oficial de Gabinete do Presidente, conselheiro Silveira de Souza, seu cunhado.
Chegou a Natal pelo vapor Pará a 9 de maio
de 1860 a convite do residente Oliveira Junqueira. Renovou mais duas vezes
contrato. Ganhava três contos por ano. Sua presença na Assembléia evidencia o nível
das relações e o estado de simpatia cordial em que vivia na Província.
Inteligente, dedicado, generoso, fez amigos com naturalidade.
Em 1868 já estava nomeado Engenheiro
Presidente da Primeira Secção da Estrada de Ferro Dom Pedro II, adido à
Inspectoria de Obras Públicas do Rio de Janeiro em julho de 1870. Engenheiro do
Quarto Distrito da mesma Inspetoria.
Faleceu no Rio de Janeiro a 12 de junho de
1899.
Vários filhos seus nasceram em Natal.
Entre eles o engenheiro Luis Gonzaga, nascido em 21 de junho de 1861, Pai do
Almirante Edmundo Jordão Amorim do Vale, ex-ministro da Marinha, meu amável
informante. E Severo,Eugênia. Emiliana, Marcos são nossos conterrâneo
Há em Natal uma Rua Engenheiro Valee seu
retrato está no Palácio do Governo desde 29 de março de 1941 assim como no
salão nobr
e do
nosso Instituto Histórico
FONTE –
FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO
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